9 research outputs found

    Health care and neonatal mortality

    Get PDF
    A Case control study was developed to identify the main factors associated with neonatal mortality, by analyzing socio-economic, maternal morbidity and especially health care related variables. Data were obtained from household interviews in Campinas, São Paulo, Brazil, 2001-2002. The study included 117 cases and 234 controls. The multiple logistic regression analysis in a hierarchic model identified the following as associated to neonatal death risk: socioeconomic variables (income, immigration, number of dwellers, no choice of delivery hospital); maternal morbidity (vaginal bleeding, early delivery due to health problems; time elapsed between hospital admission and delivery); quality of prenatal care (number of orientations received); health status of the newborn (gestational age, low birth weight and 5-minute APGAR). Conclusion: This study indicates the need to improve prenatal care, mainly for pregnant women with poor socioeconomic status and those in risk of preterm delivery.Estudo caso-controle desenvolvido para identificar o efeito dos fatores associados à mortalidade neonatal, analisando variáveis socioeconômicas, de morbidade materna e, em especial, aquelas relacionadas à atenção à saúde. O estudo, realizado em Campinas, SP, incluiu 117 casos e 234 controles. As informações foram obtidas por meio de entrevistas domiciliares. A análise de regressão logística múltipla com modelo hierarquizado identificou como fatores associados ao óbito neonatal as variáveis de nível socioeconômico e de condições da família (renda, naturalidade e número de moradores do domicílio); as variáveis de morbidade materna (sangramento vaginal e parto antecipado por problema de saúde); e as variáveis de atenção à saúde (número de orientações recebidas durante o pré- natal, escolha do hospital do parto e tempo decorrido entre a internação e o parto) e de condições do recém-nascido (idade gestacional, peso ao nascer e Apgar no quinto minuto). O número de consultas de pré-natal não se manteve associado ao óbito neonatal após este ser controlado pela duração da gestação. Conclusão: O estudo aponta a necessidade de melhora da qualidade da atenção pré-natal, especialmente para as gestantes de pior condição socioeconômica e em risco de parto prematuro.223

    Atenção a saude da gestante e mortalidade neonatal

    No full text
    Orientador: Marilisa Berti de Azevedo BarrosTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: Este trabalho foi composto por três tipos de estudos epidemiológicos sobre mortalidade neonatal e atenção à saúde no município de Campinas-SP, no período compreendido entre janeiro de 2000 e dezembro de 2002. No primeiro estudo, uma coorte de 49.310 nascidos vivos, dos quais 327 evoluíram para óbito antes de completar 28 dias de vida, foi analisada para identificar os fatores associados a mortalidade neonatal tendo como potenciais fatores de risco as variáveis presentes na declaração de nascidos vivos (DNV). A análise de regressão de Cox multivariada mostrou associação estatisticamente significativa entre nascidos vivos de mães viúvas ou separadas, primíparas, que realizaram menos de 7 consultas durante o pré-natal, nascidos em hospital-escola público ou em hospital privado contratado pelo SUS, do sexo masculino, com Apgar no quinto minuto <8, com peso ao nascer <2500 gramas e a duração da gestação <37 semanas. Este estudo revelou que as variáveis indicativas das condições sociodemográficas (idade e escolaridade maternas) não influenciaram o óbito neonatal. Reforçou a importância do nascimento de baixo peso e/ou pré-termo como as condições mais fortemente associadas ao óbito no período neonatal. No segundo estudo, os fatores associados a mortalidade neonatal foram analisados a partir de um desenho caso-controle, que incluiu 117 óbitos neonatais e 234 controles. As informações foram obtidas através de entrevistas domiciliares. A análise de regressão logística múltipla com modelo hierarquizado identificou como fatores associados ao óbito neonatal: variáveis indicadoras de nível socieco-econômico (renda, naturalidade, número de moradores no domicílio e não escolha do hospital do parto); de morbidade materna (sangramento vaginal, parto antecipado por problema de saúde e tempo decorrido entre a internação e o parto); de qualidade do pré-natal (número de orientações recebidas durante o pré-natal); e de condições do recém-nascido (idade gestacional, peso ao nascer e Apgar no quinto minuto). O número de consultas de pré-natal inferior a 5 mostrou associação com o óbito neonatal, quando estratificado pela duração da gestação, apenas para os nascimentos com menos de 37 semanas de gestação (p=O,OI5). Ainda em relação à atenção durante o pré-natal, a ausência ou o pequeno número de orientações, que se manteve associado ao óbito neonatal no modelo final, pode estar representando outras variáveis da qualidade da atenção, que se apresentaram associadas ao óbito neonatal na análise multivariada com modelo hierárquico, mas que não permaneceram no modelo final. O terceiro estudo, com uma amostra de 248 gestantes, foi desenvolvido para analisar as desigualdades na atenção a saúde, comparando diferentes estratos de renda. As informações foram obtidas através de entrevistas domiciliares. O resultado mostrou um predomínio de mulheres jovens, pretas ou pardas, com baixa escolaridade, sem atividade econômica e morando sem o companheiro, no grupo composto por gestantes de renda per capita inferior a 1 salário mínimo. Também entre as de menor renda estavam as gestantes que menos planejaram a gravidez, que fizeram o menor número de consultas, que iniciaram o pré-natal mais tardiamente e que mais utilizaram os serviços públicos de saúde. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre duração da gestação e peso ao nascer nos dois estratos de renda e a proporção de parto cesáreo foi maior entre as de maior renda. A avaliação da utilização dos cuidados pré-natais foi realizada usando como referencia três Úldices(Kessner, APNCU e Recomendações do Ministério da Saúde). Por qualquer dos Úldicesa proporção de pré-natal inadequado foi maior entre as gestantes de menor renda. No contexto analisado, as condições sociais e demográficas não se expressaram como fortemente diferenciadoras dos riscos de mortalidade neonatal. A influência dos antecedentes reprodutivos e de atenção à saúde no óbito neonatal, colocam a importância de ações que melhorem a qualidade do cuidado durante o pré-natal e o parto, para redução dos nascimentos pré-termos e/ou de baixo peso. Os resultados indicam ainda que a organização dos serviços públicos tem conseguido viabilizar, em alguns aspectos, a promoção da eqüidade na saúde materno-infantilAbstract: The first a coort of 49,310 live bom, in with 327 deaths in the neonatal period. The varaibles regularly registred in the Birth Certficate were analysed to identify the factors associated to neonatal deaths. Cox regression ana1sis in a hierarquical model showed a significant statistic association among live borns from widows or separated mothers, primiparous, mothers with less than 7 prenatal visits, birth at public school-hospital or at private hospital with National Unified Health System (SUS) agreement, male , Apgar score <8 at 5th minute, low birth weight «2500 g.) and preterm (gestational age <37 weeks). It was observed that sociodemographic variables (age and maternal education) had no influence on neonatal mortality. The study reinforced the importance of low birth weight and/or preterm as conditions strongly associated to death in the neonatal period. In the second study, a case-control with 117 neonatal deaths and 234 controls was used to assess factors associated to neonatal mortlity. Data were obtained from household interviews. A multiple logistic regression analysis, in a hierarquical model, identified as factors associated to nenonatal deaths: socioeconomic variables (income, immigration, number of dwellers and no choice of delivery hospital), maternal morbidity (vaginal bleeding, premature delivery related to health problems, time elapsed between hospital admission and delivery), quality of prenatal care (number of orientations received) and newbom health conditions (gestational age, low birth weight and Apgar score at 5th minute). Among term deliveries, less than 5 prenatal visits did not show association with neonatal death when stratified by gestational age, but among preterms « 37 weeks) the association showed a statistical significance (p=0,015). The variable of prenatal assistance "the absence or little number of orientations", that remained associated to neonatal death in final model, may be representing other variables of quality of assistance, that initially showed association with neonatal death in the hierarquical model but did not remain in the final model. The third study, a sample of 248 pregnant women, was drawn to analyse inequlities in health care, comparing two different income extracts. Data were obtained from household interviews. The study showed a predominance of young women, black or mulatto, with low education, with no economic activity and living without a mate, in the group of pregnants with less than 1 minimun wage per capita income. Also among the low income the proportion of pregnants that pregnancy was lower, had fewer number of prenatal visits, began the prenatal later and used public services most1y. No statistically significant difference was oberved between gestational age and birth weight between the two income group. The proportion of cesarean section was higher in the higher income. The evaluation of prenatal use of services was analysed through three referential indexes (Kessner, APNCU and Ministry of Health norms). Ali index pointed out, that the proportion of inadequate prenatal care was higher among pregnants in the lower income group. In the context of this analysis, sociodemografic conditions do not appear quite strong to distinguish neonatal mortality risks. The influence of reprodutive antecedents and health assistance in neonatal period, indicate the importance of improving the quality of prenatal and delivery care, to reduce preterm and low birth weight births. Still, the results indicate that, in some aspects, public health services suceed in promote maternal and children health equityDoutoradoSaude ColetivaDoutor em Saude Coletiv

    Eqüidade e atenção à saúde da gestante em Campinas (SP), Brasil Equity and access to health care for pregnant women in Campinas (SP), Brazil

    No full text
    OBJETIVO: Comparar a atenção à saúde recebida durante a gestação, o parto e o puerpério por mulheres de dois estratos de renda familiar per capita (menos de 1 salário-mínimo e 1 ou mais salários-mínimos). MÉTODO: Estudo observacional transversal realizado em amostra aleatória de 248 mulheres residentes no Município de Campinas, Estado de São Paulo, que tiveram filhos entre abril de 2001 e março de 2002. Informações sobre aspectos sócio-demográficos, morbidade materna e atenção à saúde no pré-natal, parto e puerpério foram obtidas por meio de entrevistas domiciliares. O cuidado no pré-natal foi analisado com base no índice de Kessner, no índice de adequação da utilização do cuidado pré-natal (Adequacy of Prenatal Care Utilization) e no índice proposto pelos autores a partir das recomendações do Ministério da Saúde. Na época do estudo, o salário-mínimo correspondia a 180 reais, ou 71,40 dólares. RESULTADOS: As gestantes do grupo de renda inferior tinham menor escolaridade e eram, em maior proporção, adolescentes, pretas ou pardas e solteiras. O pré-natal foi realizado pelo SUS em 73,7% das gestantes de menor renda, contra 33,3% do grupo de maior renda. As gestantes de menor renda iniciaram o pré-natal mais tardiamente e fizeram um número menor de consultas. Entretanto, alguns indicadores de qualidade da atenção, como exames de rotina, teste anti-HIV, percentual de parto cesáreo e permanência do recém-nascido com a mãe em alojamento conjunto, foram melhores nas gestantes de menor renda. Os grupos foram semelhantes em relação a orientações recebidas, exames clínicos, laqueadura no pós-parto e prevalência de baixo peso e de prematuridade. A inadequação do cuidado pré-natal, embora significativamente maior para as mulheres de menor renda, ocorreu num percentual relativamente baixo. CONCLUSÕES: As diferenças sócio-demográficas observadas entre os dois grupos não se reproduziram na mesma intensidade e direção nas variáveis relativas às condições e à atenção à saúde. Os resultados sugerem que a organização dos serviços públicos de saúde em Campinas tem viabilizado em alguns aspectos a promoção da eqüidade na saúde.<br>OBJECTIVE: To compare the health care received during pregnancy, delivery, and the puerperium by women belonging to two different per capita family income strata: less than 1 minimum wage, and 1 or more minimum wages. METHOD: This is a cross-sectional observational study that was carried out with a random sample of 248 female residents of the city of Campinas, in the state of São Paulo, Brasil, who had given birth between April 2001 and March 2002. Socio-demographic data, as well as information concerning maternal morbidity and health care during pregnancy, delivery, and the puerperium, were obtained through home interviews. The Kessner index, the Adequacy of Prenatal Care Utilization index, and an index proposed by the authors based on the recommendations of the Brazilian Department of Health were used to assess the adequacy of prenatal care. The minimum wage in Brazil at the time of the study was 180 reais (approximately 71.4 US dollars). RESULTS: The lower income group included a larger proportion of women with low schooling, as well as adolescents, black women, and single women. Prenatal care was provided by the public Unified Health System to 73.7% of the women in the lower income group, versus 33.3% in the higher income group. The women in the lower income group started attending prenatal care later and had fewer visits in all than higher-income women. However, some health care quality indicators, such as performance of routine laboratory tests and anti-HIV antibody testing, the proportion of cesarean sections, and the frequency of infant rooming-in, showed more favorable figures in the lower income group. Both groups received comparable counseling and had similar rates of clinical testing, post-delivery tubal sterilization, low birthweight children, and premature delivery. Although a significantly higher number of women in the higher income group received optimal prenatal care, the percentage of cases of inadequate care in the lower-income group was still relatively low. The frequency of health problems during pregnancy did not differ significantly between groups, except for anemia and vaginal hemorrhage, which were more frequent among women in the lower-income group (P < 0.001 and P = 0.033, respectively). CONCLUSIONS: Despite marked socio-demographic differences between women in the two income categories, resulting in different living conditions, there were no significant differences between groups in terms of health problems during pregnancy or the quality of the prenatal care received. These results suggest that the organization of public health services in Campinas has succeeded in promoting equity in health care, at least to a certain extent

    [trends In Traffic Accidents In Campinas, São Paulo State, Brazil: The Increasing Involvement Of Motorcyclists].

    No full text
    In order to describe trends in traffic accidents, mortality, vehicle types, fleet sizes, and victims' characteristics in Campinas, São Paulo State, Brazil, from 1995 to 2008, this study analyzed vehicle rates, traffic accident rates per inhabitant and per vehicle, case-fatality rates, proportional mortality, mortality rates, and rates ratios. The motorcycle fleet increased 241%. Although the case-fatality rate of motorcycle users from 2000 to 2008 decreased, in 2008 they accounted for 49.3% of fatal accidents on public byways in Campinas. Motorcycles were responsible for the highest run-over rate (66.7 pedestrians/1,000 accidents) and highest pedestrian fatality rate (4 deaths/1,000 accidents). Men showed much higher mortality rates than women. Pedestrian victims were mainly elderly; most vehicle occupants in traffic accidents were in the 15 to 29-year age bracket. From 2006 to 2008, nearly 80% of vehicle users 15 to 39 years of age were motorcyclists. Motorcycle accident prevention should be a priority, using multi-institutional measures.2839-5

    Tendência dos acidentes de trânsito em Campinas, São Paulo, Brasil: importância crescente dos motociclistas Trends in traffic accidents in Campinas, São Paulo State, Brazil: the increasing involvement of motorcyclists

    Get PDF
    Com o objetivo de descrever a tendência de ocorrência de acidentes de trânsito, sua mortalidade, tipo de veículo envolvido, tamanho da frota e perfil das vítimas em Campinas, São Paulo, Brasil, entre 1995 e 2008, foram estimadas taxas de motorização e ocorrência de acidentes, letalidade, mortalidade proporcional, taxas de mortalidade e razões entre taxas. A frota de motocicletas cresceu 241%. Apesar da queda da letalidade dos acidentes de ocupantes de motos entre 2000 e 2008, esta categoria representou 49,3% do total de acidentes fatais em vias públicas em 2008. As motos foram responsáveis pelas maiores taxas de atropelamento (66,7 atropelados/mil acidentes) e de atropelamentos seguidos de morte (4 óbitos/mil acidentes). Os homens mantiveram risco de morrer no trânsito muito superior ao das mulheres. Nos atropelamentos, predominaram elevadas taxas de mortalidade em idosos; entre os ocupantes de veículos, os mais atingidos foram os de 15 a 29 anos. Na faixa de 15 a 39 anos, entre 2006 e 2008, quase 80% eram ocupantes de moto. Ações pluri-institucionais devem priorizar a prevenção de acidentes entre motociclistas.<br>In order to describe trends in traffic accidents, mortality, vehicle types, fleet sizes, and victims' characteristics in Campinas, São Paulo State, Brazil, from 1995 to 2008, this study analyzed vehicle rates, traffic accident rates per inhabitant and per vehicle, case-fatality rates, proportional mortality, mortality rates, and rates ratios. The motorcycle fleet increased 241%. Although the case-fatality rate of motorcycle users from 2000 to 2008 decreased, in 2008 they accounted for 49.3% of fatal accidents on public byways in Campinas. Motorcycles were responsible for the highest run-over rate (66.7 pedestrians/1,000 accidents) and highest pedestrian fatality rate (4 deaths/1,000 accidents). Men showed much higher mortality rates than women. Pedestrian victims were mainly elderly; most vehicle occupants in traffic accidents were in the 15 to 29-year age bracket. From 2006 to 2008, nearly 80% of vehicle users 15 to 39 years of age were motorcyclists. Motorcycle accident prevention should be a priority, using multi-institutional measures
    corecore